22/02/2022
[conversa] [amor próprio] [colo]
Daqui a uma hora eu e a Dulce vamos conversar sobre o que nos une aos nossos filhos e a nós próprios. Sobre como nos descobrir e como nos nutrir. Vamos conversar sobre colo, num diálogo livre. Apareçam.
Gostaria de falar-vos um pouco de amor-próprio. Confesso que é na escrita que eu me exprimo de forma autêntica. Mas lancei-me este desafio, o primeiro vídeo da minha página no mês do amor. E para não fugir, nada melhor do que ter uma convidada para uma conversa informal.
Há uns dias atrás, estava a escrever o seguinte: “No tempo dos meus avós namorava-se à janela. No tempo dos meus pais… No meu tempo… E como será no tempo da minha filha?”
Em Janeiro de 2021, deixei a enfermagem para criar o meu projeto sobre amor-próprio. Fevereiro de 2021, dia 13, não sei onde, li que era o dia do amor-próprio. Coincidência ou não, tomo consciência de que algo em mim está diferente. O meu projeto sobre o amor-próprio torna-se bastante mais desafiante do que aquilo que idealizei.
Até aquele momento, o dia mais feliz da minha vida tinha sido quando o Diogo foi colocado no meu colo. Um parto duro. Doloroso. Traumático. Mas que, felizmente, tinha acabado bem. Eu estava bem. O meu filho também. E, naquele instante, senti uma compaixão enorme por todas as mães que perdem os filhos no parto. Eu senti-me abençoada. Tinha ali o meu amor maior. Só não queria visitas, porque estava exausta e dorida.
Dia 13 de Fevereiro, estarei eu grávida? O segundo momento mais feliz da minha vida. Aqueles dias seguintes em que não precisei de teste para ter a certeza. Aquela foi, sem dúvida, a minha semana mais feliz de 2021: ser mãe novamente era a realização de um sonho. Mas, senti-me a ser desafiada pela vida.
Gravidez, parto e pós-parto.
O amor-próprio desenvolve-se durante uma vida inteira. Não há um inicio, nem um fim. Mas haverá melhor momento do que este para refletir neste tema?