
05/07/2025
O gato é um curador que não anuncia seus milagres. E talvez por isso, tantos não o reconheçam.
Ele chega devagar, como quem flutua entre mundos.
Carrega nos olhos o reflexo do invisível, e nos passos, o segredo dos que caminham entre véus.
Enquanto parece apenas dormir sobre um móvel qualquer, ele está varrendo a energia da casa, recolhendo as sobras do cansaço alheio, dissolvendo com o corpo o que a alma humana não soube nomear.
Se deita sobre você, não é por conforto — é ritual.
Ali, entre seus ossos e silêncios, ele detecta o que está desalinhado, e com um simples ronronar, desfaz o que estava denso, triste ou esquecido.
O gato não serve. Ele escolhe.
Não obedece. Ele percebe.
E só se entrega onde há alma — onde há verdade.
Antigas almas já sabiam: o gato guarda portais, protege lares, conversa com espíritos e dorme nos pontos onde a energia vibra mais forte.
Se um gato vive com você, saiba: você foi escolhido.
Porque onde ele se deita, o sagrado também repousa.