04/05/2022
Que seja um dia de grande vitória pra uma das categorias mais necessárias, uma das maiores forças de trabalho do Brasil e tbm uma das mais desvalorizadas e humilhadas que esse país continental faz questão de afirmar todos os dias. Sou otimista, mas tbm sou bem realista. Infelizmente a enfermagem é desvaloriza por quem manda e por quem precisa dela. Anos trabalhando em enfermaria, UTI, Centro cirúrgico, UBS e atualmente no serviço de urgência e emergência, eu presencio a necessidade do serviço, os percalços, as dificuldades estruturais e a falta de respeito que sofremos nos mais variados níveis de atendimento. Ser da enfermagem no Brasil, assim como ser professor da rede básica pública, é ser um lutador diário e um vencedor de barreiras gigantescas. A não pede privilégio, ela exige o MÍNIMO de respeito no salário de quem normalmente é obrigado a trabalhar em dois, três ou mais empregos e bicos pra se ter o mínimo de condições para sobreviver nesse Brasil de desigualdades. Tem recurso sim, tanto da rede privada quanto da rede pública, tem recurso nos grandes centros e nos interiores, o que não tem é vontade de melhorar o serviço, o que não tem é senso de justiça e reconhecimento mínimo. Não é privilégio, é o mínimo de dignidade, que mais de 20 anos de luta tenha seu início de resultado real hoje, sendo aprovada pelos deputados e sancionada pelo atual representante que ocupa a presidência. A enfermagem não é e não tem que ser por amor, pois nenhuma outra profissão é por amor. Afirmar que é por amor é ser hipócrita e ser irresponsável na repercussão dess falácia, frase fantasiosa e cruel, pois com amor não se paga contas, não sobrevive. Que tenhamos um passo dado na direção óbvia, certa.
pl2564_
deputadofederal
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